Lesões císticas hepáticas representam um grupo heterogêneo de
desordens com diferentes etiologias, prevalência e manifestações
clínicas.
O cisto simples hepático contém líquido claro e não se comunica
com a árvore biliar. São encontrados em aproximadamente 1% das
autópsias dos adultos. Muito poucos cistos se tornam grandes e
apresentam sintomas. Os cistos ocorrem mais frequentemente no lobo
direito e é mais prevalente nas mulheres.
A grande maioria dos cistos não causa sintomas. Os pacientes com sintomas apresentam desconforto abdominal, dor e náusea.
O diagnóstico inicial geralmente é sugerido por ultrassom de abdome e pode ser confirmado com tomografia computadorizada, ressonância magnética ou exame de medicina nuclear. Raramente necessita de biópsia.
A maioria dos cistos assintomáticos não necessita de
tratamento. Contudo é prudente monitorar cisto com mais de 4
cm de diâmetro a cada 6 ou 12 meses. Se o cisto permanece
estável por 2 ou 3 anos pode se interromper o seguimento.
Terapia, naqueles cistos sintomáticos ou de grandes
proporções, podem variar de aspiração do cisto por agulha,
injeção de agentes esclerosantes, destelhamento do cisto e
ressecção cirúrgica do cisto.